Um lado dela era tão inseguro, inquieto. Tinha tanto medo
do que poderia acontecer-lhe; segurava firme tudo o que pegava, para não deixar
ir. Pois tivera perdido muitas pessoas, importantes para ela. Ficava tensa
quando via fotos antigas. Relembrava à ela, momentos que, foram relativamente
bons, porém tão rápidos. Se lembrava vagamente, algumas frases de que sua mãe
havia lhe dito. “Não se apegue, porque quem se apega, sofre, meu anjo”; mas sei
lá, ela era pequena, ingênua, não sabia das coisas do mundo. Ao anoitecer,
pedia sempre que Deus lhe protegesse. Pois bem, ela cresceu. E está aqui,
tentando proteger-se das pessoas que a cercam. Toda essa confusão, a deixou
relapsa. Se tornou algo que não imaginaria ser, nunca. Mas o tempo… acho que
ele cura. Ou talvez não. Vamos esperar, algum dia isso passa. […]
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